Para começar o ano com pé direito e dando um presente para os fãs, o duo Anavitória lança o novo álbum “Cor”.
Este quarto álbum produzido por Ana Caetano e Tó Brandileone, integrante do 5 a Seco, é o primeiro independente da dupla, sem gravadora. Um trabalho em que as artistas fazem um som mais experimental de forma primorosa.
Já abrindo o disco, a dupla chega com a participação de um dos maiores nomes da música brasileira, a roqueira Rita Lee. “Amarelo, Azul e Branco” um hino de Amor ao povo brasileiro com fortes e poderosos batuques de percussão, onde Rita declama versos sobre o passado como forma de aprendizado.

Outra música bem brasileira do álbum é “Te Amar é Massa Demais”, que tem um certo ar de Axé Music e uma atmosfera gostosa, bem good vibe e que nos lembra como é bom amar.
A dupla também explorou o Folk Pop e muito bem em “Explodir”, que traz todo o romantismo da dupla que já conhecemos e adoramos. A letra é sensível e toca nosso coração ao falar de um amor que traz segurança. Uma faixa onde vemos toda a potência e segurança vocal das duas. Outro ponto alto do disco é “Selva” uma música sedutora com letra cheia de rimas feitas com palavras proparoxítonas e uma sonoridade bem gostosa. Inclusive, esse recurso das proparoxítonas é marca do clássico “Construção” de Chico Buarque.
Destaque pra “Ainda é Tempo”, que particularmente me arrepiou ao ouvi-la e que traz uma base de piano e nos reforça que sempre é tempo pra felicidade acontecer. Apaixonantes também são “Eu Sei Quem é Você” que traz uma divisão de vozes e uso de segunda voz muito bem orquestrados e “Terra”, é uma música potente com batidas bem marcantes e uma das melhores letras do disco falando de sei se amor próprio e amor pelo outro.

Outra faixa deliciosa é “Carvoeiro”, sobre você ser aquele apoio que a pessoa que você ama vai sempre encontrar e que lembra muito a jovem guarda e traz uma guitarra bem marcada.
Para terminar com chave de ouro, Lenine canta com Anavitória em “Lisboa”. Não posso deixar de destacar como a voz do cantor se aparece um tom mais leve, combinou muito com as vozes da dupla.

Neste álbum lutamos toda evolução vocal e artística de Anavitória. Elas pegaram pra si, o risco que tinham ao fazerem um disco mais experimental e com mais diversidade sonora. E no fim das contas valeu muito a pena. Elas inovaram em seu som de uma forma inteligente e o melhor, mantendo bastante as essências de Ana e Vitória.
Realmente é um álbum muito gostoso de ouvir e que mostra toda a sintonia entre as cantoras. As faixas foram muito bem costuradas e conversam entre si, formando uma unidade e uma experiência musical rica e muito gostosa de ouvir.
Realmente é um dos melhores álbuns de Anavitória. Vale muito a pena ouvir muitas e muitas vezes.

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